Onde eu trabalho é preciso lidar com muito nomes "diferentes" e muitas vezes impronunciáveis. Hoje mesmo, conheci um "Wesller Reidner", que é um nome um tanto criativo. Mas hoje recebi um e-mail da senhora Glicelda, julguei uma crueldade e uma doçura ao mesmo tempo.
Certa vez em que liguei para guarda municipal e perguntei quem era, me responderam "Cremilda". Arrependi-me de ter perguntado e grudei o nome de "Cremogema" na cabeça quando ela transferiu a minha ligação para um lugar que não tinha nada a ver. Atendeu um senhor e eu expliquei a situação grave de invasão de espaço público. O senhor disse que não era com ele, e perguntou quem transferira a ligação... Falei que fora a "Cremogema" e ouvi uma fungada no microfone do telefone seguida de um silêncio. O senhor voltou ao telefone, ofegante, pediu desculpas e disse que iria me transferir para "Maizena". Eu, meio surdo, achei que fosse "Maria Helena" que ele tinha dito, mas quem me atendeu foi um homem e me deixei para lá.
Imagino que eu a senhora Cremilda fomos motivo de chacota naquele dia pela guarda municipal.
Mas ainda prefiro isso do que me chamar " Wesller", "Glicelda", "Cremilda", "Neuraci", "Denilço", "Nycholly", "Universo", "Zéca Munhequé", "Tiffany" e outras excentricidades que eu já ouvi por aí. Aliás excentricidades seria um bom nome... "Excentricidade dos Santos"...
As pessoas deveriam se chamar só pelo sobrenome, até completar a idade de escolher, ou então ter tudo o mesmo nome, que nem os russos que se chamam Vladmir...