sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ah, essa sua risada
que me faz chacoalhar a cabeça
e censurar meus pensamentos
Estes seus dentes úmidos
que se põem ao tapa
da luz que lhes incide
e que refletem sem pudor
Tranca na boca toda explicação
Daquilo que foi meio dito
E que por isso
Tão cedo não será esquecido
A sua voz carrega a audácia
As injúrias que eu quis ouvir
Não sei se a voz, ou a risada
Não sei se as injúrias
Não sei se por de fato
Não ter sido feito
Sem que faltasse um pedaço
Sem que carecesse do fim
Que me fora incumbido de pôr
É assim, você fala e ri
E me olha nos olhos
Exigindo um traço de resposta
Eu, sem jeito, me esquivo
do mal que já me dominou

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