Antes de sair deste site, eu passo o olho sobre aquela mensgensinha selecionada por um computador qualquer sem um pingo de subjetividade humana. Hoje dizia: Um dia sem sorrisos é um dia perdido!
Esta mensagem seria bastante relevante se seu objetivo fosse promover a marca de cremes dentais "sorriso". Do contrário, parece ladaínha de revista de R$ 1,00. Ao ler eu sorri, claro, estupidamente abestalhado e cínico. É como se uma atitude que tivéssemos durante um dia semi-trágico o transformasse num dia maravilhoso. Ora, e desde de quando a felicidade, a alegria dependem só de nós mesmos. Fora nas revistas de astrologia (que se contradizem quanto a isso), a nossa percepção da vida talha-se sobre as interações interpessoais que fazemos. Do nosso estado emocional, do nosso interlocutor, do rumo que toma a conversa e das demais condições que interferem na comunicação dependem mais as nossa sensações.
O sorriso não é o input que nos trará alegria. O contrário. Ele é o output que mostra a alegria proveniente da nossa relação com o mundo. Se pressupormos que um sorriso é somente (e a única) consequência de alegria, mesmo sendo mentira, isso faria algum sentido.
Eles precisam ser mais criativos, e eu menos bitolado.
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