quinta-feira, 23 de julho de 2009

Banda Beirut


Muito bem!


Aos grandes entendedores de música e apreciadores da banda (que, pelo que percebi, são as mesmas pessoas) desculpem a análise simplista e medíocre que faço aqui conhecendo apenas 3 sons da banda.


A primeira vez que os vi foi quando passava os canais da TV num sábado de manhã, e entre a enfadonha programação matinal, vejo um clipe do Franz Ferdinand que muito me chamou atenção, no MTV Lab Now. Resolvi, então, gastar meu tempo com a programação da emissora.

Seguiu-se um clipe (weird!) do Marilyn Mason, interpretando a música Sweet Dreams com uma saia de bailarina e todo o seu "físico invejável" à mostra. Então, começa um clipe no que aparentemente parece um cômodo fechado onde há uma poltrona comprida no centro, um homem sentado nela tocando um instrumento de corda, e outro em pé com uma voz incomum. A legenda indicou Beirut, e como isto me lembrou uma comida de mesmo nome, fui pegar algo para comer.

Ao voltar, notei uma iluminação que me lembrou as das festas juninas e pessoas dançando coreograficamente e fantasiadas como aqui se faz no carnaval. Havia ali uma certa desordem peculiar desta festa brasileira, até confetes e serpentinas, pessoas "multirraciais" com uma máscara de nariz de elefante ora coreografando, ora dançando "ao acaso".

Me pareceu uma maluquice, e não prestei atenção à letra, mas à melodia. Era alegre e quase frenético dentro de mim. De certa forma, me identifiquei com aquilo que não fui capaz de entender, e entreguei-me. Alguma coisa era genial!

Os instrumentos de sopro, muito usados no soul antigo, o de Marvin Gaye, tinham ali uma finalidade bastante diferente. Era como se uma bandinha, a que todos param o que estão fazendo para assistir, passasse pela tela, e nós olhássemos com um sorriso e com amor. A filmagem do clip realmente me deu a sensação de estar acompanhado de quem eu gosto.

Acabou o clip e eu então fiquei pensando no arranjo genial dos caras que pensaram a música e o clip, embora meu cérebro fosse incapaz de associar Elephant Gun àquela carnavalesca bandinha que tocava na tela.

A empatia foi instantânea por aquela apresentação e então tratei de ouvir mais dois sons da banda, tão bons quanto aquele.

Ainda não sei muito sobre a banda, e no fim das contas, interessa-me mais que o seu som me agrada muito.

Muitos músicos, embutidos de ideais, ideologias e necessidade de agradar o público ou a crítica esquecem-se do que realmente potencializa a genialidade de suas criações que, na minha opinião, são as manifestações, sentimentos e sensações dos indivíduos em reação ao que ocorre no mundo e dentro de si. Não convém, portanto, eu fazer um heavy metal sobre o armamento de destruição em massa da ditadura norte-coreana se eu descobri paisagens que me emocinaram muito mais no Marrocos.

É a minha opinião, e eu acho a música (pela música mesmo) do Beirut excelente!

É possível (e bastante provável), que eu comente sobre eles novamente em breve. Vou conhecê-los melhor e espero não me decepcionar.

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