domingo, 1 de novembro de 2009

Mais uma da aluna da Uniban



Assistam a este vídeo que (ainda) pode ser incorporado. A Uniban mandou tirar TODOS da internet.

A ação da Universidade é prudente e dentro do esperado. Ela deve estar ciente da ruína da sua imagem apesar de ter até um canal de televisão.
Eu reclamava da galera da USP que reclamava do que eu chamei de qualquer coisa. Mas hoje que eu tomei conhecimento dos "protestos" da Uniban contra uma minissaia, revi todos os meus conceitos e reconheço que os questionamentos que vêm a tona do corpo discente da USP são quase sempre pertinentes e necessários.
No entanto, este fato é todo ele uma contradição. Primeiro que a universidade deveria prezar pela liberdade de expressão, sendo esta iniciativa de interesse principal dos alunos. Segundo que a maioria das pessoas que entoavam o coro hipócrita que repreendia a liberdade da aluna era composta de pessoas jovens e teoricamente mais "maleáveis" com relação à vestimenta. Terceiro que quem como eu vive o dia-a-dia de uma universidade sabe que há lá muitas atitudes mais indiscretas e perturbadoras que uma mini-saia, e mesmo assim, seus atores engrossavam o hino de guerra contra ss pernas à mostra. Quarto que este episódio pode caber melhor a qualquer país ao redor do mundo e possívelmente além dele, mas ao país do carnaval, isto ultrapassa o limite da hipocrisia para a estupidêz. Quinto que não se reúnem pessoas na universidade, que não seja em aula de moda, para discutir a rouupa dos outros. Sexto que as mulheres já têm uma história de luta por igualdade que execra justificadamente este tipo de ação. Sétimo que muitas das vozes masculinas desejavam aquelas pernas e tantas das femininas invejavam a coragem da moça.
Este vídeo tem razão de ficar conhecido, de correr o mundo, pela sua injustificabilidade. A única coisa sícrona com este comportamento é a idéia de que o Brasil do carnaval e da prostituição tem em suas universidades jovens mais interessados na mini-saia de uma aluna que em de fato livrar o país do referido estigma.
Poderiam ter hostilizados todos os executivos que aqui usam gravatas e transformam o clima dos seus escritórios em europeu para parecer mais chique. A gravata é digna de sarro, num país tropical. Podiam gritar "sem criatividade, sem criatividade" por menos musical que o ouvido perceba a frase.
A garota tornar-se-á heroína, mas a Uniban, que eu não tenho como dizer se é boa ou ruim, vai ter que lutar para "limpar" a imagem do seu corpo discente.'

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