quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Minustah

Apurem os ouvidos
Ouçam o palpitar das pálpebras exaustas
Ouçam o gemido do peito insistente
Ouçam a sinfonia da vida na morte
Apurem os ouvidos
apurem o instinto insubordinável
vejam além do caos
Olhem fundo e através do que está
Expire o que pode ser
Imagine o meio do interior do fundo da alma
Peguem-na, alcancem enquanto há tempo
Apurem os ouvidos
Deite a face no chão e sinta-o
Lá está a vida eterna em tantos
que por pouco se esvai
Apurem os ouvidos
Ouçam o urro selvagem do coração
Segure os joelhos, coordene as pernas
Resista ao bailar do barro
Apurem os ouvidos
E deixem que os cães trabalhem
Deixe que a nossa incapacidade de sentir
Além da podridão fúnebre da tragédia
Seja compensada pelo afeto e cooperação
Apurem os ouvidos
Enquanto inquietos os cães farejam
um atrevido odor de alma
um cheiro ofensivo e irritante
Apurem os ouvidos
e deixem que o cinza exale o negro
Num cheiro vermelho quente
Num meio descaracterizável
duma rocha morta e sufocante
os restos de vida que não querem jazer
Apurem os ouvidos
para o choro da terra que trouxe a si
O que não conseguiu mais suportar
O que já lhe era entregue sem pedir
Sem dar à terra um pouco de paz
Apurem os ouvidos
Há resquícios de vida pairando no ar
Deixem que os cães a encontrem
E não economize uma gota de suor
Enquanto não emergir da terra
O que ela não quis levar

domingo, 10 de janeiro de 2010

Que será?

Que será este nogócio de amor?
Tanto se fala nisso que já tenho vontade.

Idéias em R.E.M. 11

Ah, e este maníaco que vem todas as noites me atormentar... é por isto que eu não durmo! Nunca estou a sua espera mas ele sempre vem... Cansado ou não, preciso ouví-lo! O silêncio que ele faz é assustador. Não se houve a porta, nem a janela, nem sei ao certo por onde ele vem... Só queria proibí-lo, mas não posso! Antes eu podia, agora ele sabe o quanto eu sou fraco durante as noites, vem seguindo a insônia e só sai quando eu me perco. Eu refuto, contraponho, interpelo, contradigo, mas ele não se incomoda.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Maria Gadú

Tando rezei que logo apareceu... Maria Gadú
Trabalhando e estudando Engenharia numa universidade pública, não sobra tempo para muita coisa além do essencial. Aproveitei minhas férias para viajar no youtube e tenho até uma historinha curiosa.
A primeira música da Maria Gadú que eu ouvi foi Shimbalaiê e pelas batidas de violão e o título logo fui imaginando a cara desta tal: uma sandália romana no pé, uma saia indiana, uma blusinha surrada e um cabelo desarrumado. Não sei o que foi que me deu na telha, mas resolvi saber quem era, já que os ingressos para não sei qual show tinham se esgotado não sei quando e tal... Youtube!
Uma menina com um penteado no mínimo diferente, bermudão, tênis all-star... Putz! De um visual "hipponga anos 60", deparei-me com uma aparência estilo Cássia Eller no finalzinho. Se eu não conhecesse a voz antes da aparência, diria que era cover. Além disso, percebi um fenômeno que vou chamar de "Linguajar metropolizado brasileiro" (o fato de estar em pauta um futuro ícone da MPB me permite quantos neologismos me venham à mente). Ela tem um forte sotaque do Rio, mas usa uma porção de gírias paulistas! É estranho e bonito!
Emfim, ao que interessa, quando você vê alguém num barzinho, bem próximo do público, com um violão e uns caras restafari tocando percussão: MPB moderna. Fatalmente ouviu Caetano, Gil, Novos Bahinanos, Tom Jobin, Chico e principalmente João Gilberto por toda a infância. É o que me parece... Mas sem dúvida, a menina é sensacional e eu me torno um fã dela hoje!



A canção da "Hipponga".



A entrevista: reparem no sotaque, nas gírias e nas influências.





Esta ficou foda demais, não só pela Maria, mas também pela Luíza.





Muito boa, mas o cara solta a franga!

Oração

Um dia em que me sentia extremamente angustiado, comecei a ouvir os meus pensamentos e desesperado, perguntei a Deus o que eu fazia de errado, ou o que eu devia fazer para me livrar das situações que me angustiavam. A primeira coisa que me veio à mente foi "Fortalecer o Espírito". Parece algo um tanto subjetivo e difícil de alcançar, com efito a plenitude pode ser considerada impossível, no entanto, eu sei bem o que eu preciso fazer para "Fortalecer meu Espírito. Está muito ligado a conhecer-se bem, vasculhar dentro de si e viver experiências que possam ocasionar alguma mudança interior. A jornada pode ser traumática, pode decepcionar mas é tão necessária quanto muitas poucas coisas que temos na vida.
Posso entrar para aquele grupo de bloggers que publicam fotos com o seu mentor religioso e lança frases como: "Senhor, me invade", "faz um milagre em mim". Deixo claro que esta não é a minha intenção, já que não sou um entusiasta da Bíblia ou de qualquer outro livro religioso mas respeito muito quem sustenta sua fé neles. Espero que o tom sarcástico da 1a. oração do parágrafo não tenha sido desrespeitoso, cada um escolhe conforme a vontade e esta escolha jamais fez mal à alguém, muito pelo contrário.
Neste processo de Fortalecimento do Espírito, notei que a Oração "Pai Nosso" já não representava com a precisão que eu queria a minha relação com Deus, já que todos os dias eu eu repetia mecanicamente as mesmas palavras que provavelmente continuarei repetindo, mas agora mais como um hino de abertura, que sele a minha comunicação com Deus. Assim, como escrever é algo que me dá um imenso prazer, escrevi duas orações, as quais polparei dos meus maldosos acréscimos, cortes e críticas. São postas aqui do jeito que vieram à mente, e são passíveis de sugestões, desde que não sejam as minhas.

Oração #1

Deus, sei que sou forte e capaz
porque o tenho para me guiar e proteger
Sei que com a vitalidade e prud~encia
que o Senhor me reserva diariamente
Posso alcançar todos os meus objetivos
Sem que para isto deixe pelo caminho
pessoas desfavorecidas ou magoadas
Sei que o Senhor não fez montanhas
que eu não fosse capaz de subir
Sei que ao seu lado e só assim
serei capaz de enxergar meus erros
serei capaz de aprender com eles
poderei levantar, ainda que fraco
e encontrar em Você a força que preciso
para seguir meu caminho pelo mundo
Porque o Senhor está em mim
Aguardando a minha atenção
Pedindo a minha confiança
Acalmando todas as minhas angústias
O Senhor sou eu e tudo que eu vejo
tudo que eu ouço é sinnto é um pedaço seu
Não há meios de buscar a feliciidade
Sem conhecer-se bem como homem
E quando eu for recompor minhas forças
Olharei para dentro de mim
e Você estará lá, guiando-me
Acalantando minhas dores e sofrimentos

Algum dia posso não percebê-lo
Neste dia estarei fraco por estar cego
Neste momento posso descrer na vida
Posso abandonar a minha missão
Posso me entregar aos maus pensamentos
Neste momento, Deus, irrompa sobre minha mente
Mostre-me as vitórias que já conheço
mas que a angústia ma impede de ver
Coloque minha alma no seu colo
E conte histórias sobre um futuro possível
Um bom futuro a que devo ter forças para chegar
Mostre-me os homens bons
Mostre-me o nosso imenso mundo
E as coisas que eu ainda não conheço
Mostre-me como faço para me conhecer bem
Diga-me como fazer feliz todas as pessoas
Diga-me como ajudar quem tem necessidade
Ajude-me a não fazer do mundo
apenas uma simples passagem
Ensine-me a sentí-lo, a sentir-me
do jeito que eu sou
Endireite meu caminho
Mesmo quando a minha teimosia
quanndo a minha ambição, a minha insegurança
Estiverem preponderantes na minha alma
Segure a minha mão e levante-me
Mostre-me o caminha que devo seguir
E eu seguirei, assumindo todas as consequências
Pois o tenho como alegria na vida
E o caminho não será o mesmo
Não serão as mesmas pedras imóveis
Contigo, meu Deus, vou tornar o mundo melhor
Vou amar as pessoas e rir com elas
Vou ensiná-las como viver em paz
Até que elas percebam por elas mesmas
Que a paz está contigo
E Você não é o destino ou o objetivo
É o antes, o durante e o depois
é o caminho que nos deixará,
Ainda que miudos e pueris,
Fortes e avassaladoras dádivas do universo
Meu Deus, sei que hei de ouví-lo
Sei que devo seguir e ensinar seus conselhor
Sei que o que deiz é o que me fará feliz
E o que fará feliz o resto do mundo
Quando estiver conosco
Sigo em frente para sempre
Sob sua guia e seu amparo
Quando eu enfraquecer

Terei fpaciência, cuidarei de mim e dos outros
Saberei perdoar e compartilhar minhas vitórias
Com a sua bênção e luz
às quais serei imensamente grato
Amém

Oração #2

Deus, quando me faltarem motivos
Preencha-me com sua luz
Quando me faltar humildade
Mostre-me quem eu sou
Quando me faltar respeito
Diga-me como eu me sentiria
Quando eu for mesquinho
Mostre-me o mundo
Quando eu estiver desesperado
Ponha minha alma no seu colo
Quando eu sentir inveja
Mostre-me o que eu realmente preciso
Quando eu não me entender
Explique-me
Quando eu for indiferente
Me faça ver co mais clareza
Quando eu estiver descrente
Lembre-me de tudo que conquistei
Amém


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Muita água!

Rio Paraíba do Sul: mais de 4 metros acima do normal;
Foz de Iguaçú: 6 vezes o volume de água previsto;
Rio Jacui: subiu 1 metro em 1 noite;

Nhô Neca



Pelas redondezas do ribeirão, um dia foi difícil encontrar um homem tão conhecido. É daqueles que parecem ser velhos há muitas gerações. Os mais antigos contam que desde criança ele tinha aqueles talentos. Ainda moleque, tinha que trabalhar na roça e ali fazia o seu palco.
Sua mãe teve 12 filhos, 8 homens e 4 mulheres, sendo que um homem morreu no parto. Com esta filharada, estava bem reforçada a mão-de-obra da roça e se podia garantir a sobrevivência de todos os membros daquela família. Todos muito trabalhadores, mas só um esperto: o Nhô Neca. Os outros se dividiram entre mal casados e maus pinguços. Nhô Neca casou logo com a Nhá Dita que fazia um doce de leite de dar inveja. Na criancisse era um menino ágil e muito conversador, foi calçar uma sandália aos 7 anos de idade, até então só andava descalço, o que lhe trouxe uma porção de calos na sola dos pés e nos dedos espalhados. Estes calos tinham poderes que quase tornaram o Nhô Neca um santo. Era desde pequeno um fã de pescaria e ninguém pescava os lambarís do tamanho dos dele, eram enormes. Convenientemente ele se apressava na labuta para correr ao rio na calmaria do fim de tarde e garantir uma bóia diferente, com carne de peixe. A vara era coisa simples que não foi feita para aguentar os peixes dele: um bambú fino, uma linha que alguém lhe dera há algum tempo, uma pedra e um anzol amarrados à linha. Umas vezes improvisava uma bóia de alguma fruta seca para facilitar a pescaria. Foi se tornando um doutor nos assuntos do ribeirão, sabia todas as espécies de peixes do rio, o que eles gostavam de comer e como pescar na piracema. Mas o que quase lhe deu o mérito de santo foi o domínio da previsão do tempo. Bastava o sentir uma fisgad no calo que ele sabia se choveria ou faria sol. Ele atribuía o poder primeiro a Nosso Senhor Jesus Cristo, depois aos calos que com muitos custo adiquiriu e que coçavam e doíam conforme fosse o tempo no dia, semana ou mês seguinte. Não se sabe dizer ao certo se era o calo, NSJC, ou qualquer outra coisa do tempo de ouro do Nhô Neca que lhe fizeram um homem ilustre pela região, mas dizem que numa data que já não se tirava um peixe do ribeirão, muita gente já migrava da região ou trabalhava para os fazendeiros desaforados, o Nhô Neca disse que tudo aquilo era por causa de uma planta que nascia nas profundezas do rio e que sumiria na próxima seca que estava por vir. Ninguém acreditou, mas dalí uma semana não havia espaço para tanto peixe. Já associaram o Nhô Neca à Santa do Rio Paraíba e fizeram do homem um Santo por rebatimento. Desde então quando se queria saber do tempo, aumentar o preço do quilo de peixe, pescar uma espécie ou outra no rio, recorria-se aos calos do Nhô Neca, pois estes nunca falharam. Mas de um tempo para cá as coisas mudaram. Puzeram uns muros de contenção de água num ponto do rio que são umas enormidades de grandes. A água que vinha antes do muro chegou a subir uns 15 metros e muita gente que vivia nas margens do rio teve que arredar dalí. Apareceram umas espécies de peixe que nunca ninguém tinha visto, e estas novas comeram os ovos das velhas e já não se vê em determinadas partes nenhum exemplar da espécie de antes. Deram carteirinhas aos pescadores e proibiram o uso da rede para preservar a natureza do local. Ficou tudo tão difícil e as habilidades do Nhô Neca com o rio já nem se fazem mais perceber. Todo o conhecimento que ele adiquiriu, melhorou e espalhou pareciam não servir de nada. Como se não bastasse, de repente chega uma chuva e nenhum calo coça, nem dói. Não acerta mais nas previsões. Já velho tornou a pegar no cabo de enchada para ver se não era porque os calos tinham amaciado, mas de nada adiantou, só vieram dores e mais erros. Nhô Neca vive hoje numa aflição sem tamanho e não entende porque NSJC tirou dele um poder que soube usar tão bem. Uma hora chove, faz um frio, dali um instante sai um sol de rachar. No alto de sua caduquisse chegou a chamar o Menino Santo de ingrato e a desejar a morte. O Nhô Neca está de dar dó, vive por aí vendendo os doces da Nhá Dita, estes continuam ótimos.

A ironia de Cathie

Naturalmente às 4 horas da manhã há muito pouca gente acordada. Seu marido estava, mas bem longe dalí. Ela levantou para ajeitar o lençol pois a sua insônia despira a cama, mas não conseguiu voltar ao sono. Tinha uma angústia incontrolável e aparentemente inexplicável.
Foi arrastando os pés pelo chão do casebre até chegar ao banheiro, então acendeu a luz e encostou a porta, deixando no corredor uma fresta luminosa. Olhou-se no espelho acima da pia. Este já tinha aquelas manchas de espelho velho cuja fina camada de metal já começa a descolar do vidro e ela mantinha o olhar fixo no centro negro dos olhos castanhos. Pareceria um animal embalsamado com os olhos fixos e secos como aqueles, mas a respiração ofegante como a de quem acorda de um pesadelo davam-lhe um aspecto mais vívido, ainda que próximo da morte.
Desviou subtamente o olhar e começou a procurar no banheiro qualquer outra paisagem. Viu ao lado do vaso com a tampa aberta um cesto de roupas do qual pendia uma calcinha de criança. Colocou para dentro e tornou a olhar-se no espelho por uns segundos. Abriu a torneira com um ruído de metal enferrujado, raspou as mãos no sabonete e com avidez esfregou a face até não poder mais enxergar entre as bolhas de sabão. Com o jorro de água da torneira que a fazia se contorcer diante do jato baixo, esfregou a face até ver na palidez a vermelhidão da limpeza. Fez uma concha com as mão e tornou a esfregar e então levantou o rosto, olhou-se subtamente, apanhou um removedor de maquiagem e sentiu o ardor do álcool nos póros agora tão vulneráveis.
Pegou a toalha e enxugou o rosto, tornou a olhar-se no espelho, mas desta vez a percorrer todo o limiar do seu busto. Sua expressão foi mudando, os lábios estremeceram e em poucos instantes já dava ao seu rosto um bálsamo de lágrimas silenciosas. Olhava a pia, abria a troneira, molhava mais os olhos, secava-os e se acalmava numa respiração intensa.
Olhou novamente a sua face e viu lá um indício, uma prova que a condenava à tristeza. Um monstro emergia do painel humano. Um monstro assimétrico de quem sempre teve medo. Evitava os espelhos e só os tinha nos banheiros, diferentemente de qualquer outra mulher. Não queria encarar o monstro dos fatos e do tempo, não estava preparada para ele, mas desta vez estava alí, de frente do monstro que nunca fora publicado naquelas revistas que esculpiam a sua memória. Ninguém o conhecia, ninguém o via ou acreditava que ele existisse.
Era frequentemente taxada de neurótica e tola por crer em montros, mas as pessoas não têm sensibilidade para conhecer nossos monstros. Só nós mesmos quando mergulhamos em lembranças que um episódio revisitou, mergulhamos dentro deste pântano e vemos os montros que mais nos fazem querer sair dalí. Ela ia fundo neste pântano, tão escuro que não se pode ver nada em volta, então, imagina-se. Construiu neste pântano algo que não era e a isto se apegou, temendo sempre que emergissem da lama os monstros da realidade.
Afundava-se em sí num ponto em que não podia sair. afogava-se, asfixiava-se dentro de si e la morria de frente ao espelho, não importando quantos anjos a quizessem salvar ao seu redor. Em frente ao seu reflexo, via a deterioração da sua luta, da sua vida e perceguia-o com medo, indo cada vez mais fundo, até não ser nada mais.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Tente fazer isto

É o cúmulo da sincronia:

David Guetta

É o que tem me agradado no rádio atualmente:













A música do ano!

Jakob Dylan

Há algum tempo eu descobri na MTV que o Bob Dylan tinha um filho que também cantava, e muito bem. Eu arrisco dizer que a voz dele é inclusive melhor que a do pai, se desconsiderarmos que a música do Bod Dylan, do jeitinho que ela é cantada, representa mais de 30 anos de história e (contra)cultura.
Ele puxou ao pai a cara de "nascido velho". Quanto a criatividade, prefiro poupá-lo de comparações que seriam fatalmente injustas já que falo de um cara chamado Bob Dylan.

Soul kingdom

Eu me divirto procurando no youtube duetos de cantores que eu curto. Abaixo dois dos principais nomes do Soul Music, senão os principais.





2010!

2009 chegou ao fim muito rapidamente. Quando se passa dos 15 anos, todos os anos dão a impressão de findar muito rapidamente... Mas 2009 vai ser certamente um ano que será citado em muitos livros de história, geografia e outros, por isto, faço questão de lembrar de cada momento marcante do ano, mas não vou chatear ninguém com uma retrospectiva um tanto clichê do ano que passou.
As chuvas intensas e as tragédias por elas ocasionadas deram a 2010 já um aspecto de continuação de 2009, para os que só atentam às tragédias. Não se fala em outra coisa e não podemos negar que o assunto é de fato importante, mas acabou esfriando todo o entusiasmo de janeiro. Eu por exemplo, que tinha tantas perspectivas para 2010, não consigo pensar nelas, tenho uma espécie de bloqueio do qual vou tentando me livrar para não ser pego de surpresa.
Neste ano terei de tomar decisões e atitudes cruciais na minha vida e na de todos os meus conterrâneos e todas estas responsabilidades jogadas nas minhas costas talvez tenham me deixado mais preocupado que entusiasmado, mas o que digo com segurança é que 2010 deve ser tão recheado de acontecimentos marcantes quanto 2009, mas muito dificilmente será apenas a sua continuação.
Sinto como se o mundo em 2009 tenha tomado conciência de sua situação e muitos aspectos e 2010 cobra de todos ações que corrijam os equívocos do caminho. O mais obscuro dos segredos é o mês de dezembro de 2010...

Mesmo ciente de que o ano não será apenas de saúde, alegria, paz e properidade, cabe o consolo de saber que há alguém no mundo que trabalhará por isto.