sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Insoniazinha

Enquanto não durmo vou rimando
Ocasionalmente me preocupando
Com a hora de deixar de rimar
Hora essa que vem muito tarde
Quando o amanhã condena o corpo a se cansar

Não sei se rimo bem ou rimo mal
Não li Camões para rima como tal
Deve ser infantil pra beijara a prô
Deve ser simples como um forró vulgar
Deve ser ungênuo como um circuladô

Não sou bom com estas rimas retas
Regulares, rígidas, precisas, concretas
Não faço repente com o som do povo
Vez ou outra invento uma rima nova
Vez ou outra a uuso denovo

Parece-me ridículo, tosco e dispensável
Mas é o que risca o lápis, nçao sou responsável
Ttalvez o sejam os limites da minha mente
Que só ambiciona escrever umas rimas
Que não incomodem o ouvido da gente

Daqui mais quatro deixo de lado a rima
E também termino o texto para manter o clima
De trovinha besta que só foi decorada
As custas de ameaças e má vontade
Para homenagear a pátria um dia amada

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