Entre a madeira velha e a alvenaria
Dorme negro e intacto o meu violão
E o tempo que foi gasto com porcaria
Não despende um segundo numa simples canção
Um sonho materializado num objeto
Jogado num canto escura já a mofar
Embalado ainda como um futuro projeto
De toadas romãnticas se pro a tocar
É como se chorasse às vezes
A minha estranha indiferença
De largá-lo ali por meses
Tenho um violão, dedos e vontade
Mas e falta é tempo livre
Para ver se tenho habilidade
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