sábado, 3 de outubro de 2009

Rio 2016

Agora livre da mesquinha rivalidade São Paulo X Rio de Janeiro que desfocava a minha visão, posso ver uma coisa maravilhosa. Primeiro sob o ponto de vista econômico: Nós já estamos habituados a assistir nas vésperas de copas do mundo e olímpíadas aquelas extensas reportagens a respeito do país que sedia o evento, que mostram todos os aspectos da cultura, entretenimento, povo, culinária e muito mais. Em 2013 o Brasil vai ser o tema destas reportagens ao redor do mundo, e para quem não curtir futebol, em 2015 será obrigado a aturar não só o verde e o amarelo, mas todas as cores que miscigenam o povo brasileiro.
O Rio já é muito famoso pelo mundo, mas agora insere-se a isto outros prós além das mulatas, d0 samba, da bossa e do carnaval, que soam na cabeça dos gringos como sexo fácil. O investimento demandado pelos eventos copa do mundo e olimpíadas força a criação de uma infraestrutura monumental para acomodar os turistas, o que poderia ser um ponto fraco da cidade. Com as exibições dela até 2016, o Rio vai "tá na moda" ao redor do mundo, como a Beijin esteve no último ano, vamos passar pela Champs Eliseé e ouvir João Gilberto, andar de taxi em Roma ao som de Jorge Bem, cruzar a 5th Avenue ouvindo a batuqueira da Mangueira. Vamos ver camisas com inscrições "Brazil" ou "Brasil".
É claro que será chamada a atenção aos problemas sociais e ao desmatamento da Amazônia, mas, como isto finalmente passará a ser tomado como um problema do mundo todo, necessita de medidas urgentes de controle até a data do evento. Aspectos como segurança, transporte, atendimento de saúde têm por obrigação de receber investimentos, trazendo melhorias sociais de longo prazo. Muitos esportes dos quais os brasileiros nem sequer têm conhecimento, começarão a ser praticados, o que pode dar aos jovens e adolescentes muito mais o que fazer.
Há muito tempo o grau de desenvolvimento de uma nação pode ser vinculado a qualidade de seus esportistas, por isto, ao sediar as olimpíada, o país terá de mostrar quão competitivo é o Brasil, acarretando em investimentos e incentivos ao esporte que podem mudar a história do país e a visão dele para o mundo.
Termidado o evento, o Rio de Janeiro deverá ser uma das melhores cidades do mundo para passar as férias. Complexos esportivos de ponta, transporte eficiente, segurança de primeiro mundo, redução de contrastes sociais (pelo menos nas imediações da cidade) e muitas outras melhorias cruciais para o turismo da cidade que como está já é um dos principais roteiros.
Se for bem administrado, não houver ou houver em menor quantidade o jeitinho brasileiro de fazer as coisas, vai ser um efeito encadeado de avanços sociais e econômicos que tende a transferir o Brasil a um outro patamar de desenvolvimento.
Mas, apesar do ufanismo e do otimismo, havemos de lembrar que ainda há no interior do país pessoas que vivem em condições subumanas e possívelmente não terão acesso aos ginásios e às vantagens do evento. Os contrastes sociais fora dos limites fluminences tendem a ser mantidos senão acentuados com os investimentos na cidade. Como sempre, será necessária uma governabilidade séria e comprometida com o desenvolvimento do país como um todo. Embora sejamos além de latinos, americanos, há pessoas que vivem em condições tão subumanas quanto as do Continente Africano, sendo que eles não são tão competitivos economicamente quanto é o Brasil.
Por um milagre, eu espero que não se desvie um centavo dos investimentos, que eles sejam muito bem planejados e que os turistas fiquem plenamente satisfeitos com o Rio e São Paulo (na Copa) e retornem ao Rio nas Olimpíadas e depois, deixando seus dólares também à sobrevivência da Amazônia, ao benefício do povo e ao desenvolvimento equânime da nação.

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