É assim, com as pessoas que mais estimo
Ela estava tão imersa nos seus cachos
Que Roberto nenhum estimaria com precisão
Quantas histórias haviam ali para contar
Mas quando dali saía um sorriso
dependurado na ponta do nariz
Vinha como uma onda de entusiasmo
Como uma espécie de vigor
Como uma dose diária de um antibiótico
Como um tratamento imprescindível
Resguardava a ternura das mulheres
Na força de uma amazona
Lutando por si e por todos
Era inevitável querer vê-la
Pedir a sua franca opinião
De quem sabe do que está falando
De quem diz o que pensa
Não por te amar menos
Mas por te amar mesmo
Quando estava mal, fazia do dia uma pena
Já quando pendurava na ponta do nariz
Um sorriso despretencioso
Era como uma onda de vigor
Por aí, seus cachos lhe dão aos pulos
a alcunha de menina dos cachos
Por aqui, dão-lhe a força de propulsão
que vem como uma onda de vigor
Por lá, devem ornar as histórias de Robertos
Caetanos, Renatos, Guilhermes
Ou de quem teve a sorte de experimentar
Um pequeno canto esquecido do seu peito
Uma amostra singela do seu afeto
Uma traquilidade certa da sua proteção
Um pedaço cacheado do seu coração
Não há reta até ela, não que seja torta
Seu mapa é escrito em círculos concêntricos
Que se afunilam num beco sem saída
Ou se há saída, trata-se de esquecer
Ninguém quer sair dela afinal
Todos querem se encher dela
E há sempre uma espacinho reservado
Que cabe uma onda de vigor
Uns cachos quase controlados
E um sorriso pendurado na ponta do nariz
Com S, com Z, com todo o alfabeto
E até com todos os alfabetos
Não escreveria com os devidos léxicos
o inebriamento completo da sua presença
Luisa, isto não é um poema
Isto é um prego que bato entre seus olhos
Fincado no meio do seu rosto
Perdido entre seus cachos
pra pendurar na ponta do seu nariz
Um sorriso de que eu tenho saudade
No momento eu estou extasiada demias para poder me pronunciar! Amanha eu volto, e lhe dou o devido comentario!
ResponderExcluirAinda bem que você leu. Achei chato noticiar a homenagem. Ficou como uma surpresa!
ResponderExcluirPERFEITO!