terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quando se está com sono


Quando você tem um sono gigante, mas não pode dormir fora do horário para não estragar o seu sono noturno, você "bloga"?

Eis a minha situação: há 30 minutos atrás tinha pensado em escrever 3 ou 4 textos, mas subitamente fui invadido por um cansaço mental em uma dor na coluna que me dão muita vontade de dormir.

Há tanto o que fazer, que só pode ser feito agora, mas que não tenho um pingo de criatividade.

Estou escrevendo estas palavras em tempo real... ou seria virtual? O que é virtual? será que é um sonho? Será que de certa forma tudo que estou fazendo é sonhar acordado? Não importa, o fato é que isso me mantém cansado, dolorido e acordado, mesmo que tudo isto não tenha nexo a quem possa me ler. Poderia fazer tantas coisas que me demandariam raciocínio ou atividade física, mas meus dedos são os únicos rebeldes da minha preguiça.

Sou, infelismente, um preguiçoso: acordo às 7h, trabalho até às 17h e faço faculdade das 19h às 23h. Nos fins de semana, estudo. nos minutos livres escrevo. Sou um grande preguiçoso, ainda assim, pois já devia ter me acostumado com a dor nas costas que sinto há quatro anos, com as férias tediosas e curtas que não sei curtir, com o sono que me impede de resolver um exercício de mecânica dos sólidos, que bate sempre no mesmo horário, não importa a circunstância, mas dependendo dela, eu nem sinto, apesar de saber que ele bate. Mas acho que ainda não deixei claro o quão preguiçoso eu sou. Poderia ligar a TV, mas pegaria no sono na primeira vinheta. Poderia descer e comer alguma coisa, mas não estou com fome. Poderia masturber-me, mas me dá ódio pensar em não ter quem faça isto por mim, tudo por causa da minha prequiça.

Seria preguiça apenas querer que alguém me masturbe?

Afinal, tocar neste assunto me deixa gradativamente menos preguiçoso.

Cheguei até a esquecer que as costas me doem, mas lembrei-me agora, por tê-lo dito.

Lembrei-me de algo relacionado a isto, mas me fugiu.

Posso contemplar a mecânica despretenciosa dos meus dedos que registram o vazio do meu cérebro que pela primeira vez não se preocupa com a grafia certa das palavras. Será que não se preocupa? Se não se preocupasse não associaria imediatamente a despretenção da ação dos dedos a grafia correta das palavras.

O fato é que mesmo em seu letargo, meu cérebro é domado a parecer gentil a quem por ele nem se importa, só quer que acorde as 7h e permaneça acordado até as 23h, raciocinando, agindo, memorizando como se fosse seu desejo. Mas as costas doem, a ao doerem confrontam a luta do cérebro com a vontade deste, de se entregar ao delíquo sem culpa. E pelo letargo ou pelo delíquo, já não é mais do cérebro a preguiça imperatriz, é do conflito que até as 23h não o deixará dormir.

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