Não que seja minha programação favorita, mas esta noite, assistindo àquela programação sensacionalista e trágica das 19h (Brasil urgente, Cidade Alerta, estas coisas) eu me encantei, pela segunda vez, com a inventividade de certos traficantes.
Há algum tempo que eu sei que celulares são, ou eram, introjetados nos órgãos sexuais, ânus, ou qualquer orífício do corpo em que o aparelho caiba, fato este que levou às pessoas "de bem" que visitam as penitenciárias passarem por uma situação no mínimo desconfortável para evitar o acesso dos detentos ao celular.
A partir daí, desenvolveram outras "técnicas" para dar aos presos acesso a isso, entre elas eu destaco a "macarronada 3G", o "bolo bluetooth" e a "pipa da portabilidade". São alguns dos "ingênuos" esconderijos que mentes maliciosas arquitetaram para o dispositivo, um mais improvável que o outro.
O mais improvável, e o primeiro a me surpreender, foi o uso da primeira ferramenta de troca de mensagens entre os seres humanos: o pombo correio! É curioso na mesma medida que improvável que um pobre pombo sobrevôe a cidade não para espalhar cartas de amor, titica ou piolho, mas aparelhos celulares. Espero que as corujas não tenham a mesma "sorte" dos pombos! Já pensou se um mal-intencionado que assistiu Harry Potter resolve usar uma "coruja-correio!". Já imaginou a pobre Edwirges sobrevoando Azkaban para entregar um Aparelho Celular. Nem o mais inventivo, do mais inventivo, do mais inventivo dos Caetanos Velosos poderia imaginar!
Outra coisa que costuma surpreender é como se transporta drogas: em barrigas de falsas-grávidas, em objetos de porcelana, no estômado, em santos (do pau oco, muito manjada!), em forros de automóveis, e agora, nas cebolas! Para não citar mais umas centenas de maneiras conhecidas... Como será que funciona a cabeça de um traficante? Será que em qualquer coisa que não seja maciça eles pensam "aqui cabe 100g, alí cabe 15g só!". Isso dá a idéia de um bom presente de dia dos pais aos seus filhos: é só encomendar um pombo e duas cebolas que eles ficam satisfeitos.
Depois de ver tanta criatividade, tanta engenharia canalizadas para um fim tão deplorável, troquei a minha indignação pelo deboche do crime organizado. Há até turista colombiano fazendo estágio no Rio! Somos referência em matéria de tráfico... Deus me ajude, porque eu não consigo ser indiferente a isso!
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