Usualmente eu termino com um vídeo, mas desta vez eu prefiro começar com um para ter já em mente o que sou. Sá, Rodrix e Guarabyra, talvez num contexto por mim deconnhecido, afirmaram: "Só espero a hora em que o mundo estanque para me aproveitar do conforto de não ser mais ninguém". Certamente que ser ninguém é um conforto e é o que somos diante da complexidade e da obcuriedade do mundo que entendemos pouco. Muitas vezes nos julgamos mais que isso e, portanto, nos sentimos responsáveis, donos e cheios de direitos. Dust in the Wind e A Idade do céu, esta última com uma interpretação lindíssima da teoria do Big Bang feita por Paulinho Moska, nos lembram quais os valores que nos aproximam da felicidade que, para Drummond, é mais verdadeira quando não existe motivo. Não haver motivo para ser feliz então seria um motivo para sê-lo, por mais falaciosa que pareça a conclusão. Estamos de passagem pela terra, pelo mundo. Deixamos marcas profundas do nosso pensamento nela, é verdade, mas não somos mais do que isso. Ao universo basta existir, mas nós precisamos ser algo dentro dele para nos satisfazermos. Somos poeira no vento, então. Uma piada de Deus. Não importa. Deixe que, ao menos a alma, tenha a mesma idade que a idade do céu.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Não somos mais...
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